Atualmente, de acordo com The World Bank, o total de lixo gerado anualmente no mundo equivale a 2,01 bilhões de toneladas, e espera-se que o lixo global cresça para 3,40 bilhões de toneladas até 2050. Isto demonstra que o Lixo é um dos maiores problemas ambientais em âmbito mundial. Para compreender melhor e buscar soluções é necessário entender o que é o lixo e quais tipos de lixos existem.

De acordo com o dicionário, lixo é qualquer material sem valor ou utilidade, ou detrito oriundo de trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga fora. Enquanto a Política Nacional de Resíduos Sólidos define lixo como sendo todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade. Ou seja, o lixo corresponde a todos os resíduos gerados pelas atividades humanas que é considerado sem utilidade e que entrou em desuso. 

Sabendo que os Homo sapiens tenham aparecido entre 300 mil e 100 mil anos atrás, por qual motivo o lixo é um problema ambiental somente nos tempos modernos? Para responder a isso é necessário avaliar a história humana e sua relação com o lixo.

No início dos tempos o lixo não era um problema pois os homens eram nômades. Moravam em cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e formavam uma população minoritária sobre a terra. Quando a comida começava a ficar escassa, eles se mudavam para outra região e os seus “lixos”, deixados sobre o meio ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo.  Com o avanço das civilizações, o homem passou a produzir peças, instrumentos. Começou a desenvolver hábitos como a de construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos, além de se fixar de forma permanente em um local. A produção de lixo consequentemente foi aumentando, mas ainda não havia se constituído em um problema mundial.

Naturalmente, esse desenvolvimento foi se acentuando com o passar dos anos. A população humana foi aumentando e, com o advento da revolução industrial – que possibilitou um salto na produção em série de bens de consumo – a problemática da geração e descarte de lixo de maneira despreocupada teve um grande impulso. Este impulso é, provavelmente, o iniciador para a nossa situação ambiental atual, já que, a partir deste momento há outros tipos de resíduos predominante, não somente o orgânico.

O lixo pode ser classificado como orgânico (restos de alimentos, folhas, sementes, papéis, madeira), inorgânico (plástico, metais, vidros), lixo tóxico (pilhas, baterias, tinta) e lixo altamente tóxico (nuclear e hospitalar). 

Portanto lidar com lixo e com resíduos humanos não é uma questão fácil e é necessário ter diversos tipo de ações que serão discutidas e abordadas em outros posts desse blog. Para finalizar fica a reflexão que está presente na revista Veja em 1999:

“O lado trágico dessa história é que o lixo é um indicador curioso de desenvolvimento de uma nação. Quanto mais pujante for a economia, mais sujeira o país irá produzir. Ë o sinal de que o país está crescendo, de que as pessoas estão consumindo mais. O problema está ganhando uma dimensão perigosa por causa da mudança no perfil do lixo. Na metade do século, a composição do lixo era predominantemente de matéria orgânica, de restos de comida. Com o avanço da tecnologia, materiais como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas são presença cada vez mais constante na coleta. Há cinquenta anos, os bebes utilizavam fraldas de pano, que não eram jogadas fora. Tomavam sopa feita em casa e bebiam leite mantido em garrafas reutilizáveis. Hoje, os bebês usam fralda descartáveis, tomam sopa em potinhos que são jogados fora e bebem leite embalado em tetrapak. Ao final de uma semana de vida, o lixo que eles produzem equivale, em volume, a quatro vezes o seu tamanho. 
Um dos maiores problemas do lixo é que grande parte das pessoas pensa que basta jogar o lixo na lata e o problema da sujeira vai estar resolvido. Nada disso. O problema só começa aí. “

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